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Tradicionalmente os chineses "maiores de 40" conservam hábitos alimentares bastante tradicionais, diferente é a situação dos jovens e dos" colarinhos brancos" muito mais propícios a experimentar e dispostos a gastar para adquirir produtos estrangeiros agora numa quantidade grande de cidades costeiras que mostram fortes sinais de ocidentalização   de alguns consumos , entre os quais os alimentares. Os crescentes fluxos turísticos facilitarão no futuro próximo o " sucesso do retorno" dos produtos alimentares estrangeiros e permitirão o contato entre os consumidores chineses e a verdadeira cozinha Europeia. A legislação local será progressivamente simplificada, facilitando a entrada no mercado de novos importadores e distribuidores.

No final de 2011, a China tornou-se no maior mercado mundial de venda no retalho de géneros alimentares, ultrapassando os Estados Unidos. A China tornou-se ainda o quarto principal importador de bens agroalimentares (depois da UE, EUA e Japão).

Relativamente à proveniência de tais produtos alimentares, os Estados Unidos são o primeiro país exportador, seguido do Brasil, Canada e Argentina. Entretanto, entre os membros da UE destaca-se a Franca (que detém sozinha 35% das importações da Europa), Holanda, Espanha e Dinamarca.

Se de 2006 a 2011, as exportações de alimentação e bebidas europeias para a China literalmente triplicaram, atingindo 3.3 milhares de milhões de €, as perspectivas para os próximos anos são igualmente favoráveis: + 15% ano no final de 2015.

É assim evidente que o agroalimentar representa um dos setores mais dinâmicos do gigante asiático e representa a confirmação duma tendência forte de crescimento nos últimos anos.

Este aspecto merece algumas considerações porque pode oferecer grandes oportunidades para os nossos produtos, sobretudo na alimentação de idosos e crianças. Os consumidores chineses estão muito preocupados com a qualidade dos produtos que encontram nas prateleiras dos Supermercados, desde a carne ao leite, do peixe as verduras, aos pratos precozinhados ou embalados. São aliás recorrentes escândalos alimentares por alimentos contaminados ou com aditivos químicos ilegais. A isto se junta o problema difuso da poluição ambiental e a pesquisa pelos consumidores chineses de alimentos que, de alguma forma, ajudam a proteger o sistema respiratório, tenham propriedades anti cancerígenas, favoreçam a circulação sanguínea ou de alguma forma possam estar associadas a um estilo de vida " saudável ". Neste contexto, aumentam as oportunidades para os produtos europeus que podem incluir o vinho,o azeite, o mel, todos os produtos para alimentação de crianças ( leite em pó, homogeneizados, papas).